A polícia não tem dúvidas: Décio Sá foi
vítima de crime de encomenda. No momento do crime, o jornalista estava no
interior do Bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, de costas para a entrada.
O assassino, antes dos disparos, teria ido até o banheiro.
“Os seis tiros foram disparados à queima roupa e
pelas costas do jornalista. Quem o executou já veio com esse propósito”, disse
um dos peritos. Segundo informações dos peritos, a arma usada foi uma pistola
0.40 de uso exclusivo da Polícia Militar. Policiais que participam da operação
para tentar localizar o assassino encontraram um pente da pistola usada no
crime em um dos morros localizado em frente ao bar onde o jornalista foi
executado.
O crime
O jornalista Décio Sá, de 42 anos, foi
assassinado com seis tiros ontem à noite, no Bar e Restaurante Estrela do Mar,
localizado na Avenida Litorânea. De acordo com informações de policiais que
compareceram ao local do crime, um homem desceu de uma motocicleta, atravessou
a pista e foi até o Bar Estrela do Mar, onde o jornalista se encontrava.
Um garçom informou que o assassino se
deu ao trabalho de ir banheiro, para se certificar de que era mesmo o
jornalista. Ao sair do banheiro, próximo da mesa onde Décio se encontrava, o
assassino efetuou os disparos, todos em direção à cabeça da vítima.
Numa ação rápida e inesperada, o
assassino atirou seis vezes com uma pistola ponto 40, arma de uso restrito da
polícia. Dois disparos atingiram as costas e quatro a cabeça do jornalista.
Logo em seguida, o assassino fugiu do local do crime e voltou para a avenida,
onde outro homem o aguardava em uma motocicleta.
Ao chegar ao local do crime, peritos do
Instituto de Criminalística do Estado (Icrim) conseguiram recolher cinco
projéteis deflagrados.
Secretários de Estado se estarrecem com
o crime
Os secretários de Segurança Pública,
Aluísio Mendes; de Saúde, Ricardo Murad, e de Articulação Política, Hildo
Rocha, compareceram ao local do crime, e ficaram estarrecidos com o crime
bárbaro.
“Foi uma violência inominável contra um
profissional da imprensa, um dos jornalistas mais influentes do Maranhão, e
este crime não ficará impune”, afirmou o secretário de Segurança Pública,
Aluísio Mendes.
Ao saber da ocorrência do crime, o
superintendente da Polícia Civil da capital, Sebastião Uchôa, mobilizou
integrantes de sua equipe e os delegados Maymone Barros e Jeffrey Furtado
também deslocaram-se imediatamente para o local do crime. “Garanto que vamos
descobrir quem cometeu esse crime cruel e quem foi o mandante", afirmou
Sebastião Uchôa.
Encontro marcado com Fábio Câmara
O suplente de vereador Fábio Câmara,
assessor da Secretaria de Saúde do Estado, informou que, no momento do crime,
Décio falava ao celular com Aristides Milhomem, irmão do deputado estadual
Carlos Alberto Milhomem. Fábio Câmara havia combinado com Décio para que eles
se encontrassem no Bar Estrela do Mar, para comer caranguejo.
Quando já ia se dirigindo para o Bar e
Restaurante, Fábio Câmara recebeu uma ligação, para ir ao encontro de um
‘personal trainer’. Nesse intervalo, Aristides Milhomem, segundo o relato de
Câmara, ouviu o barulho de algo estranho, e ficou chamando pelo nome de Décio
ao celular.
Como não obteve resposta, e sentindo que
algo estranho teria acontecido, Aristides Milhomem ligou para Fábio Câmara,
para que fosse imediatamente ao Estrela do Mar, porque algo suspeito havia
acontecido. Ao chegar ao bar, Fábio Câmara encontrou Décio morto, caído ao
chão, numa poça de sangue.
Décio era um jornalista aguerrido
Décio Sá era jornalista de “O Estado do
Maranhão” e era também o autor do Blog do Décio, que em cinco anos se tornou um
dos mais lidos em todo o Maranhão. Jornalista com alma de repórter, Décio
desenvolvia um jornalismo de linha investigativa, especialmente na área da
cobertura política. Homem de jornal, Décio Sá tinha o estilo de quem era mais
da notícia, na exatidão factual, do que do artigo de fundo, na vivacidade
opinativa. Ao longo de sua carreira, ele se destacou por grandes furos de
reportagem.
Até o momento, a polícia não tem pistas
dos elementos que participaram dessa execução do jornalista Décio Sá.
Com informações do Jornal Pequeno
Órgão do doador some durante transplante de rim entre irmãos: http://www.naninho.blog.br/saude/transplantes/orgao-doador-some-durante-transplante-rim-entre-irmaos.html
ResponderExcluir