Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Administração de João Castelo deve passar por uma “operação pente fino”


Gilberto Lima

João Castelo pode ser alvo de uma
"operação pente fino"
O prefeito derrotado João Castelo já deu mostras que pretende deixar uma verdadeira bomba para o seu sucessor, Edivaldo Holanda Júnior. Pelas informações, o montante da dívida com empreiteiros, fornecedores e outros prestadores de serviços pode chegar ao patamar de R$ 1 bilhão de reais. Só para a empreiteira Pavetec, que monopolizou o asfaltamento de ruas e avenidas na gestão Castelo, seriam mais de R$ 100 milhões a pagar. Os dirigentes da empresa já estariam pensando em recorrer à justiça para receber tudo o que dizem ter direito. O que mais estranha nesse atraso de pagamentos à Pavetec é o fato de ela pertencer, segundo informações, a pessoas da estrita confiança da administração municipal.

No setor da saúde, três empresas fornecedoras de materiais e medicamentos teriam um montante da ordem de R$ 50 milhões a receber. Por conta dos atrasos, teriam suspendido o fornecimento à Prefeitura. Médicos e funcionários das unidades de saúde do município têm reclamado da falta de material para procedimentos cirúrgicos e até de medicamentos.

Na noite de ontem, por exemplo, o radialista França Neto participou do programa “Comando da Noite”, na Rádio Capital AM, para relatar o drama que está vivendo a mãe dele, internada há quatro dias no Socorrão II à espera de uma cirurgia ortopédica.

-- Minha mãe caiu e fraturou o fêmur está sofrendo na fila de cirurgia. São cerca de 120 pacientes aguardando por algum tipo de procedimento cirúrgico. Pelas informações, está faltando material para que os médicos façam cirurgias. Passaram um medicamento para minha mãe, mas informaram que falta medicamento no hospital. Até um peso que deve ser ficar pendurado, amarrado à perna, tivemos que improvisar com duas garrafas pet com água. É uma situação desesperadora nos hospitais do município. Estou lutando para que minha mãe possa fazer a cirurgia em outro hospital, pois ela tem 82 anos e pode ter mais problemas de saúde se passar muito tempo no Socorrão II, pois deve estar com a imunidade baixa – disse o radialista.

Essa é apenas uma mostra do quadro de abandono da saúde pública pela administração João Castelo.

Diante desse caos da administração Castelo, acredito que a primeira medida da gestão de Edivaldo Júnior é determinar uma verdadeira “operação pente fino” em todas as secretarias, mostrando à população possíveis casos de malversação de recursos públicos. Cada contrato de prestação de serviços e fornecimento de materiais deve ser minuciosamente analisado, pois há denúncias de que havia a prática de superfaturamento em muitos deles. São práticas que devem ser abolidas na administração que se inicia a partir de janeiro.

No setor da infraestrutura, vários empresários denunciaram, na Rádio Capital AM, a existência de um suposto esquema de pagamento de propinas por parte da empresa Pavetec, que monopolizou a obras de asfaltamento na cidade. Chegaram a dizer que um assessor, braço direito de João Castelo, costumava ir pegar cheques na seda dessa empresa, no Renascença. Eles resolveram falar porque suas empresas foram contratadas pela Pavetec, mas não estavam conseguindo receber os valores devidos. Chegaram a ameaçar levar provas do esquema ao Ministério Público para a devida apuração. Após as denúncias, esses empresários teriam recebido um “cala-boca” e decidiram silenciar sobre as denúncias.

Outros contratados que merecem ser auditados são o do fracassado projeto do VLT e o do prolongamento da Avenida Litorânea, cujas obras foram iniciadas às pressas para tentar alavancar a candidatura à reeleição de Castelo.

É bom lembrar que, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, qualquer ex-gestor público está sujeito a responder por crimes de improbidade administrativa, podendo ficar até inelegível. Como existe a possibilidade de Castelo continuar na cena política, disputando uma vaga na Câmara Federal em 2014, uma possível “operação pente  fino”, com objetivo de detectar possíveis desvios de conduta no trato com o erário público, pode torná-lo inelegível, desde que sejam feitas representações judiciais que possam levá-lo à condenação.

Espero que a administração de Edivaldo Holanda Júnior tenha coragem de fazer essa varredura em toda a administração, pois as cobranças, a partir de janeiro, serão feitas a ele, esquecendo-se que foi o ex-gestor quem trabalhou para deixar uma “terra arrasada”.

Portanto, “operação pente fino” já!




Um comentário:

  1. oi parece um homem de preto esta mais que na hora de coloca a roupa do metralha

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