Gilberto Lima
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João Castelo pode ser alvo de uma "operação pente fino" |
O prefeito derrotado João Castelo já deu
mostras que pretende deixar uma verdadeira bomba para o seu sucessor, Edivaldo
Holanda Júnior. Pelas informações, o montante da dívida com empreiteiros,
fornecedores e outros prestadores de serviços pode chegar ao patamar de R$ 1
bilhão de reais. Só para a empreiteira Pavetec, que monopolizou o asfaltamento
de ruas e avenidas na gestão Castelo, seriam mais de R$ 100 milhões a pagar. Os
dirigentes da empresa já estariam pensando em recorrer à justiça para receber
tudo o que dizem ter direito. O que mais estranha nesse atraso de pagamentos à
Pavetec é o fato de ela pertencer, segundo informações, a pessoas da estrita
confiança da administração municipal.
No setor da saúde, três empresas
fornecedoras de materiais e medicamentos teriam um montante da ordem de R$ 50
milhões a receber. Por conta dos atrasos, teriam suspendido o fornecimento à
Prefeitura. Médicos e funcionários das unidades de saúde do município têm
reclamado da falta de material para procedimentos cirúrgicos e até de
medicamentos.
Na noite de ontem, por exemplo, o
radialista França Neto participou do programa “Comando da Noite”, na Rádio
Capital AM, para relatar o drama que está vivendo a mãe dele, internada há
quatro dias no Socorrão II à espera de uma cirurgia ortopédica.
-- Minha mãe caiu e fraturou o fêmur está
sofrendo na fila de cirurgia. São cerca de 120 pacientes aguardando por algum
tipo de procedimento cirúrgico. Pelas informações, está faltando material para
que os médicos façam cirurgias. Passaram um medicamento para minha mãe, mas
informaram que falta medicamento no hospital. Até um peso que deve ser ficar
pendurado, amarrado à perna, tivemos que improvisar com duas garrafas pet com
água. É uma situação desesperadora nos hospitais do município. Estou lutando
para que minha mãe possa fazer a cirurgia em outro hospital, pois ela tem 82
anos e pode ter mais problemas de saúde se passar muito tempo no Socorrão II,
pois deve estar com a imunidade baixa – disse o radialista.
Essa é apenas uma mostra do quadro de
abandono da saúde pública pela administração João Castelo.
Diante desse caos da administração
Castelo, acredito que a primeira medida da gestão de Edivaldo Júnior é
determinar uma verdadeira “operação pente fino” em todas as secretarias,
mostrando à população possíveis casos de malversação de recursos públicos. Cada
contrato de prestação de serviços e fornecimento de materiais deve ser
minuciosamente analisado, pois há denúncias de que havia a prática de
superfaturamento em muitos deles. São práticas que devem ser abolidas na
administração que se inicia a partir de janeiro.
No setor da infraestrutura, vários
empresários denunciaram, na Rádio Capital AM, a existência de um suposto
esquema de pagamento de propinas por parte da empresa Pavetec, que monopolizou
a obras de asfaltamento na cidade. Chegaram a dizer que um assessor, braço
direito de João Castelo, costumava ir pegar cheques na seda dessa empresa, no
Renascença. Eles resolveram falar porque suas empresas foram contratadas pela
Pavetec, mas não estavam conseguindo receber os valores devidos. Chegaram a
ameaçar levar provas do esquema ao Ministério Público para a devida apuração. Após
as denúncias, esses empresários teriam recebido um “cala-boca” e decidiram
silenciar sobre as denúncias.
Outros contratados que merecem ser
auditados são o do fracassado projeto do VLT e o do prolongamento da Avenida
Litorânea, cujas obras foram iniciadas às pressas para tentar alavancar a candidatura à reeleição
de Castelo.
É bom lembrar que, pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, qualquer ex-gestor público está sujeito a responder
por crimes de improbidade administrativa, podendo ficar até inelegível. Como
existe a possibilidade de Castelo continuar na cena política, disputando uma
vaga na Câmara Federal em 2014, uma possível “operação pente fino”, com objetivo de detectar possíveis desvios de conduta
no trato com o erário público, pode torná-lo inelegível, desde que sejam feitas
representações judiciais que possam levá-lo à condenação.
Espero que a administração de Edivaldo
Holanda Júnior tenha coragem de fazer essa varredura em toda a administração,
pois as cobranças, a partir de janeiro, serão feitas a ele, esquecendo-se que
foi o ex-gestor quem trabalhou para deixar uma “terra arrasada”.
Portanto, “operação pente fino” já!
oi parece um homem de preto esta mais que na hora de coloca a roupa do metralha
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