Rádio Voz do Maranhão

domingo, 5 de janeiro de 2014

Roseana Sarney diz que não recebe 'um tostão' do governo federal e que não sabe se há necessidade de construir presídios

Gilberto Lima

A governadora Roseana Sarney pode levar um puxão de orelha da presidente Dilma Roussef por declarações contidas na entrevista concedida ao seu próprio jornal, O Estado do Maranhão, neste domingo. Em um dos trechos, ela diz que não recebe 'um tostão' do governo federal. Em outro, afirma que o Estado é pobre para gastar dinheiro com a construção de presídios e que isso poderia ser feito pelo próprio governo federal. Afirma que nem sabe se há necessidade desses presídios.

Em meu perfil no facebook, destaquei algumas 'pérolas' dessa entrevista. Confira:

ALÔ, DILMA! ROSEANA DIZ QUE NÃO RECEBE UM TOSTÃO NAS PARCERIAS COM O GOVERNO FEDERAL.

A presidente Dilma Roussef deve ter acesso à 'brilhante' entrevista concedida pela governadora do Maranhão ao Jornal o Estado, neste domingo. Ao dizer que não faz parcerias com o município de São Luís porque o prefeito não a procurou, e que o mesmo está querendo é dinheiro, Roseana saiu-se com esta: 'EU TENHO PARCERIAS COM O GOVERNO FEDERAL, MAS NÃO RECEBO UM TOSTÃO'. Rapaz, é muita ingratidão! E as inúmeras UPAs construídas com recursos do Governo Federal e contrapartida mínima do governo do Estado? E a Avenida Quarto Centenário, construída com recursos do PAC? E a nova adutora do Italuís, no Campo de Perizes, obra do PAC Saneamento? Além de tantas outras espalhadas pelo estado. Essa gente é ingrata mesmo! E Dilma, mesmo levando punhaladas, continua apoiando o grupo.

MAIS UMA PÉROLA DA 'BRILHANTE' ENTREVISTA DE ROSEANA AO JORNAL O ESTADO: "E uma coisa que eu estou ansiosa e que atrasou foi o Italuís. Fizemos um empréstimo na Caixa Econômica para fazermos essa obra, mas a Caixa atrasou o repasse desde setembro e os empresários estavam querendo parar. Nós estamos tentando fazer uma negociação para resolver e poder entregar o mais rápido possível. Mas tem outra coisa. São Luís é abastecida pelo Italuís, pelo Sistema Sacavém, e pelo Batatã, que está com problema porque está sem água. Se não chover logo, teremos muitos problemas". PERGUNTAS PERTINENTES: A obra da adutora do Italuís não é do PAC Saneamento? Como o Estado teve que contrair empréstimos junto à Caixa para a obra? Por que querer culpar São Pedro pelo desabastecimento em São Luís? Cadê os 60 poços que foram anunciados no início de 2013 para resolver o problema do desabastecimento em São Luís? Por que o governo, com toda essa crise no abastecimento de água, não investiu na recuperação e fortalecimento da CAEMA? Ao contrário, está trabalhando para acelerar o processo de 'privatização' da Companhia. Em algumas unidades da empresa, estão implantando PPPs, entregando tudo à iniciativa privada. Na entrevista faltou a pergunta: Por que a Caema pode fechar as portas no seu governo?

MAIS UMA DA SÉRIE 'AS PÉROLAS DE ROSEANA' NO JORNAL O ESTADO.

DEPOIS DE DIZER QUE NÃO RECEBE UM TOSTÃO DO GOVERNO DILMA, A GOVERNADORA AFIRMA QUE OS PRESÍDIOS NO MARANHÃO DEVERIAM SER CONSTRUÍDOS PELO GOVERNO FEDERAL E QUE NEM SABE SE O ESTADO PRECISA DESSES PRESÍDIOS. "Mas agora nós estamos fazendo com o dinheiro do Estado, o que eu particularmente acho um absurdo, porque se há um departamento penitenciário, eles (os órgãos federais) deveriam nos dar o projeto. Podem fazer tudo lá, até a licitação e a execução da obra. Agora, o Estado, que é pobre, terá de construir sete penitenciárias. A gente não sabe nem se precisa, porque há 1.900 presos aguardando julgamento. Cada preso desses custa para o Estado R$ 3.500,00, e a tendência agora é terceirizar essas penitenciárias".


DURMA-SE COM UM BARULHO DESSE! O 'Caldeirão" fervendo com a superlotação e a governadora não sabe se novos presídios serão necessários. A terceirização, que pode ser mais onerosas aos cofres do estado, é alternativa para quem não tem competência de gerir a coisa pública. Daqui a pouco ela terceiriza o governo todo. Até concordo que, com uma intervenção federal, o governo Dilma construa os presídios. Só assim, evitará os 'esquemas' com empresas que podem financiar campanhas leitorais. Geralmente, em casos de emergências, as licitações podem ser direcionadas para favorecer determinadas empresas. Com o governo federal construindo, acredito que até o valor da obra seria reduzido. O que não entendo é como alguém que diz que não recebe um tostão do governo federal agora, apela, agora, para que esse mesmo governo assuma a construção dos presídios. Brincadeira!

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