Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sarney: o inconfiável traíra da República

Gilberto Lima

José Sarney vai ficar para a história como um dos maiores traíras da política brasileira. Sua fama é antiga. Dos tempos em que começou na política. O primeiro a ser traído por ele foi Vitorino Freire. Algum tempo mais tarde, depois de se beneficiar dos militares ao longo de 20 anos, foi um dos primeiros a pular do barco da ditadura para posar de neodemocrata.

Um novo capítulo da traição de Sarney acaba de ser enredado: imagens de uma Tv do Amapá mostra o momento em que ele vota em Aécio Neves, traindo a confiança da presidente Dilma Roussef, que tanto cedeu às vontades do oligarca.

Contra fatos não há argumentos. Não tem como contestar as imagens captadas. Para tirar dúvidas, foi feito um zoom, onde pode-se ver perfeitamente Sarney apertando as teclas 4 e 5 e, depois, a de confirmação. A imprensa repercute as imagens da votação, mas a assessoria de Sarney contesta.

Depois dessa traição, a presidenta Dilma deve ter chegado à conclusão que Sarney é inconfiável e que, o melhor que faz, é mantê-lo distante do Palácio do Planalto e do governo. Pode ser um grande conspirador.

O problema é que, se tiver interesses contrariados, pode trabalhar nos bastidores para que a vida da presidenta seja dificultada no Congresso Nacional, que já mostra insatisfação com o Planalto nos primeiros dias pós vitória de Dilma.

Um dos motivos da zanga pode ser a determinação da presidenta de apertar o combate à sangria de recursos públicos que financiam partidos e parlamentares. Um exemplo está no propinoduto da Petrobras: a propina ia para partidos e políticos da base aliada.

Se Dilma não ficar atenta, podem estar tramando algum golpe através de um suposto processo de impeachment. Se isso ocorrer, com certeza, terá as digitais de Sarney, o traíra-mor da Nação.

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