Gilberto Lima
José Sarney vai ficar para a história
como um dos maiores traíras da política brasileira. Sua fama é antiga. Dos tempos em que
começou na política. O primeiro a ser traído por ele foi Vitorino Freire. Algum
tempo mais tarde, depois de se beneficiar dos militares ao longo de 20 anos, foi um dos primeiros a
pular do barco da ditadura para posar de neodemocrata.
Um novo capítulo da traição de Sarney
acaba de ser enredado: imagens de uma Tv do Amapá mostra o momento em que ele
vota em Aécio Neves, traindo a confiança da presidente Dilma Roussef, que tanto
cedeu às vontades do oligarca.
Contra fatos não há argumentos. Não tem
como contestar as imagens captadas. Para tirar dúvidas, foi feito um zoom, onde
pode-se ver perfeitamente Sarney apertando as teclas 4 e 5 e, depois, a de
confirmação. A imprensa repercute as imagens da votação, mas a assessoria de
Sarney contesta.
Depois dessa traição, a presidenta Dilma
deve ter chegado à conclusão que Sarney é inconfiável e que, o melhor que faz,
é mantê-lo distante do Palácio do Planalto e do governo. Pode ser um grande
conspirador.
O problema é que, se tiver interesses contrariados, pode trabalhar nos bastidores para que a vida da presidenta seja
dificultada no Congresso Nacional, que já mostra insatisfação com o Planalto nos
primeiros dias pós vitória de Dilma.
Um dos motivos da zanga pode ser a
determinação da presidenta de apertar o combate à sangria de recursos públicos
que financiam partidos e parlamentares. Um exemplo está no propinoduto da
Petrobras: a propina ia para partidos e políticos da base aliada.
Se Dilma não ficar atenta, podem estar
tramando algum golpe através de um suposto processo de impeachment. Se isso
ocorrer, com certeza, terá as digitais de Sarney, o traíra-mor da Nação.
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