Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Sepultamento do sargento Sá é marcado por comoção e revolta. Cúpula da Segurança concede entrevista coletiva nesta terça


O corpo do sargento Carlos Magno Sá, assassinado na noite de ontem, na Forquilha, foi sepultado na tarde desta segunda-feira(08), no Cemitério Jardim da Paz. O cortejo foi acompanhado por dezenas de viaturas e centenas de militares. Era visível o clima de revolta dos PMs, que dizem que não vão mais tolerar essas mortes de integrantes da corporação. Cobram uma posição firme do comando da segurança e da próprio governo.

A reportagem do blog conversou com dona Raimunda Nonata, mãe do sargento Sá. Muito indignada e revoltada ela disse não se conforma com essa violência e que o filho sempre comentava que sofria ameaças, mas que era determinado e não temia a criminalidade.

“Uma vez ele me disse que poderia até morrer, mais levaria alguns com ele. Eu queria pena de morte para esses bandidos. Eles estão matando e não acontece nada. Não adianta xadrez, pois eles saem e vão fazer tudo o que querem. Os bandidos é que estão no comando. Se a PM não tem homens suficientes para combater o crime, que tragam homens do exército para ajudar”, desabafa a mãe do sargento Sá.

Outro policial, que preferiu não se identificar, disse que essa violência é culpa desse governo que chega ao fim, deixando o Maranhão entregue à bandidagem. “Essa governadora é a principal responsável por tudo isso. Um governo omisso, que relegou a segurança pública ao segundo plano. Está saindo cheia de dinheiro e deixando o estado mais miserável e com essa violência sem controle. Quantos companheiros vão morrer para que tomem alguma medida mais enérgica de combate à criminalidade”, diz um policial aos prantos, ao lado do túmulo do sargento Sá.

O aspirante Sebastião Luís Rocha Neto, de 27 anos, assassinado no Anel viário, no início da tarde de domingo(07), foi sepultado no Cemitério do Gavião.

Depois de mais essas duas baixas na PM, o comandante, coronel Zanoni Porto, confirma uma entrevista coletiva, às 8h da manhã desta terça-feira(09), no auditório da Secretaria de Segurança Pública, na Avenida dos Franceses. Estão confirmadas as presenças do Secretário de Segurança Pública, Marcos Affonso, da delegada geral da Polícia Civil, Maria Cristina de Menezes, e dos coronéis do Alto Comando da Polícia Militar.  Vão falar sobre as mortes violentas de policiais militares e sobre as ações da PM pra enfrentamento dessa onda de violência.

Um comentário:

  1. coletiva pra quê? enquanto ficam neste bla bla...a bandidagem deita e rola!

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