Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Flávio Dino não precisou de ‘pontes do atraso’ para chegar à presidenta Dilma

Gilberto Lima


Com a longa conversa que teve com a presidenta Dilma Roussef, na tarde de quinta-feira (25), o governador Flávio Dino mostrou ao ex-ministro Gastão Vieira que não precisa de ‘pontes’ para chegar ao principal gabinete da República. Explico: logo depois de amargar derrota na disputa para o Senado, o ex-ministro do Turismo, disse, em entrevista ao jornal O Imparcial, que o governador Flávio Dino encontraria muitas dificuldades para chegar aos principais gabinetes do governo federal. Ele se colocava à disposição do governador para ser a ‘ponte’ com o governo Dilma.

Na oportunidade, ao comentar sobre as pretensões de Gastão, eu afirmei que o governador, recém-eleito por um partido da base do governo Dilma, o PCdoB, não precisaria de intermediários e de ‘atravessadores’ para abrir canais de diálogos com o governo federal. Além disso, Dino, até antes da desincompatibilização, fora auxiliar de Dilma como presidente da Embratur, com uma avaliação positiva pelo próprio governo. Se Gastão Vieira se achava com todo esse prestígio, por que não continuou como integrante do governo? Outra coisa: Flávio Dino acabava de derrubar todas as ‘pontes’ que levavam o Maranhão ao atraso. Como querer, depois de uma derrota de seu grupo, ser ‘ponte’ para um governo que já nasceu forte, com um amplo apoio popular, e que pode ter projeção nacional?

A presidenta, em um momento de conturbação política, jamais deixaria de receber o governador Flávio Dino, com um índice recorde de aprovação pela população, por conta de ações enérgicas adotadas nos dois primeiros meses de gestão. Com sua história e determinação, o governador construir suas próprias ‘pontes’ para chegar à presidenta e a todos os seus auxiliares. Foram-se os tempos em que governadores do Maranhão, que não rezassem na cartilha do sarneysismo, não tinham acesso ao poder central.

Tenho dito que o governador Flávio Dino tem tudo para se projetar como liderança nacional, no momento em que o grupo liderado por Lula e Dilma não conta com um nome forte como alternativa. Muitos desses nomes fortes do governo, e até mesmo do PT, foram se esvaindo diante de sucessivos escândalos de corrupção. 

Entendendo a necessidade de unidade para fortalecimento de Dilma Roussef, Dino promete que vai trabalhar para arregimentar os governadores do Nordeste para uma ‘defesa institucional’ do governo.

Postura de quem tem requisitos de sobra para ser líder de projeção nacional. Postura de quem construiu suas próprias pontes ao derrubar tantas outras ‘pontes do atraso'.

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