Decisão
do ministro Teori Zavaski sobre o pedido só deve ser publicada em agosto
POR
JÉSSICA MOURA
O GLOBO
O GLOBO
BRASÍLIA
- O senador Edison Lobão (PMDB-MA) pediu ao ministro Teori Zavaski, relator dos
processos sobre a Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para
ter acesso ao depoimento da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da
empreiteira UTC, e também de Rafael Angulo, um dos funcionários do doleiro
Alberto Youssef.
O
advogado de Lobão, Antônio Carlos de Almeida, alegou no pedido que as
informações sobre a delação sigilosa não deveria ter sido divulgada na
imprensa. A defesa reclama que, como os inquéritos da Lava Jato foram
prorrogados até 31 de agosto, os processos só vão chegar ao Supremo nesta data,
quando deve ser publicada a decisão do ministro Teori Zavaski sobre o pedido.
No
depoimento, Pessoa menciona o parlamentar como um dos beneficiários do esquema
de corrupção na Petrobras.
“Fica
evidente, portanto, que houve vazamento para a imprensa da delação de Ricardo
Pessoa, mas ainda não foi franqueado o acesso aos advogados constituídos nos
autos de inquéritos oriundos da chamada Operação Lava Jato. É inequívoco o
legítimo interesse do ora peticionário em ter acesso aos termos das duas
delações”.
Segundo
o empresário, ele teria acertado diretamente com Lobão o pagamento de R$ 1
milhão em propina. Na época em que o peemedebista era ministro de Minas e
Energia, em 2013, ele teria participado de fraudes nos contratos da pasta com a
UTC, que venceu a licitação das obras para a construção da Usina de Angra 3.
Edison
Lobão ainda foi citado nas delações do ex-diretor de abastecimento da
Petrobras, Paulo Roberto Costa. Costa teria repassado R$ 2 milhões ao senador
que seriam destinados à campanha da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney
(PMDB) em 2008. Além disso, ele teria atuado pela manutenção do ex-executivo na
diretoria da estatal.
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