A crise financeira na emissora teria
sido agravada com o fim do domínio político da oligarquia Sarney e as citações
do nome do senador Lobão com o escândalo do propinoduto da Petrobras,
investigado pela Operação Lava Jato
Do Blog Marrapá (com edição)
O empresário e apresentador Carlos
Massa, o “Ratinho”, pode estar próximo de fazer mais uma grande aquisição para
a expansão de seus negócios em comunicação. Por meio da Rede Massa, o
comunicador estaria interessado na compra da TV Difusora.
Segundo o colunista de O Globo Ancelmo
Gois, Ratinho estaria interessado, também, na compra de outra afiliada do SBT:
a TV Alterosa, de Minas Gerais. A aquisição de qualquer uma das duas – ou das
duas – consolidaria o projeto de expansão da Rede Massa, iniciado pela Rádio
Massa, que já se encontra em território paulista, com diversas emissoras no
interior de São Paulo. No caso da rede de televisão, este seria o primeiro
passo fora do estado do Paraná.
É sabido que a TV Difusora, após o fim
do governo da oligarquia e do surgimento do nome do senador Lobão no escândalo
da Lava Jato, tem passado por uma situação financeira complicada, o que poderia
levar à concretização da venda para a Rede Massa ou para outro interessado.
Hoje, grande parte da programação da
emissora é terceirizada, arrendada. A exceção fica por conta da programação
jornalística. No entanto, o faturamento já não estaria sendo suficiente para
cobrir as despesas ou mesmo para apresentar uma margem de lucro significativa.
É o que comentam pessoas que têm acesso à emissora.
O valor de mercado da TV Difusora de São
Luís giraria em torno de R$ 50 milhões.
A
primeira TV do Maranhão
A TV Difusora, pioneira do estado do
Maranhão, foi criada em 29 de novembro de 1962, quando os irmãos Magno Bacelar
e Raimundo Bacelar (na época donos da Rádio Difusora AM) registraram a razão
social da emissora e receberam sua outorga.
Após um ano de preparativos, entrou no
ar no dia 9 de novembro de 1963 pelo canal 4 VH. A inauguração da emissora
ocorreu às 20h, e contava com a presença do Ministro da Justiça do governo de
João Goulart, Abelardo Jurema, dos governadores Newton Bello (Maranhão), Miguel
Arraes (Pernambuco) e Petrônio Portela (Piauí), do prefeito de São Luís, Costa
Rodrigues, de representantes da embaixada dos Estados Unidos e também do
monsenhor Osmar Palhano de Jesus, que batizou os transmissores da emissora. A
TV Difusora estava instalada no 9º andar do Edifício João Goulart, no Centro de
São Luís.
Em 1965, a TV Difusora passou a exibir
programas produzidos pelas Emissoras Unidas e pela Rede Tupi, que eram trazidos
de avião de São Paulo até São Luís, em malotes. Isso gerava um atraso de 2 a 3
dias entre a exibição original no sudeste do país até serem trazidos para a
capital maranhense.
A
venda para Cafeteira
Em 1988, a TV e os outros meios de
comunicação do Sistema Difusora de Comunicação foram vendidos por Magno Bacelar
para o governador Epitácio Cafeteira, em função do golpe midiático dado por
José Sarney para que Bacelar perdesse as eleições para senador e vendesse seus
meios de comunicação aos seus aliados, além de estar enfrentando uma grave
crise financeira.
A
venda para Lobão
Já ano seguinte, Cafeteira vendeu
novamente a emissora, desta vez para o ex-deputado e jornalista Edison Lobão,
que colocou nas mãos de seu filho, Edinho Lobão, e os irmãos Márcio Lobão e
Luciano Lobão, a administração do Sistema Difusora de Comunicação, e
consequentemente, da TV Difusora.
Em 1º de fevereiro de 1991, já sob o
comando da família Lobão, a TV Difusora e a TV Mirante trocam de afiliação, com
a TV Mirante passando a ser afiliada à Rede Globo e a TV Difusora ao SBT, nas
quais ambas estão até hoje. O acordo entre as duas emissoras inicialmente
definiu renovação com cada rede de seis em seis anos. Para a TV Difusora, era o
fim de quase 23 anos de parceria com a Globo, e para a TV Mirante, era o início
do seu crescimento. Com a troca, a TV Difusora tem uma grande queda nos índices
de audiência e também na qualidade da programação, que até então seguia
rigidamente o "Padrão Globo de Qualidade" e acaba dando lugar ao
estilo "popularesco" do SBT, somando-se a isso também as reclamações
dos telespectadores da emissora.
No decorrer da década de 1990, o Ministério
das Comunicações aprova a criação de novas emissoras de TV no interior do
Maranhão. Com isso, em 1997, o Sistema Difusora de Comunicação cria a Rede
Difusora, gerando através do "Difu Sat" (sinal de satélite da
emissora no Brasil Sat) sua programação para todo o estado, e consequentemente
substituindo os enlaces de microondas por retransmissoras.
Demissões
No fim de 2014 e ao longo do ano de
2015, a TV Difusora promoveu uma série de demissões em várias áreas, e mais de
200 funcionários ficaram desempregados.
Como resultado, vários programas
acabaram sendo tirados do ar, e os telejornais, também afetados pela redução no
número de repórteres, passaram a ter maior participação das emissoras do
interior no seu conteúdo.
A emissora entrou em uma crise
financeira e arrendou parte da sua grade para programas independentes nas
manhãs de sábado, além de reduzir a duração dos programas locais do meio-dia
para a inserção de um game de perguntas e respostas da G2P TV, deixando clara
para os telespectadores e para a imprensa local a gravidade da situação.
Em 12 de janeiro de 2016, o colunista da
revista Época, Leandro Loyola, publicou uma nota informando que a TV Difusora
estaria sendo colocada à venda por Edinho Lobão. Ele afirmou que o negócio
estaria envolvendo apenas a TV Difusora São Luís, com os outros veículos do
Sistema Difusora de Comunicação ficando fora de uma possível transação.
Essa família Lobão não tem competência pra gerenciar nada. Outro dia estavam fora do ar a rádio Difusora AM, pela internet, e o sinal digital da Tv. Pode uma coisa dessa ? Eles se afundam e levam uma porrada de anunciantes juntos com eles, sem falar no seu jornalismo ideológico que tem como redator o Pinóquio. Marcelo, do São Cristóvão.
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