Rádio Voz do Maranhão

domingo, 6 de março de 2016

Cadê o apoio de Sarney a Lula?

Dizem que os verdadeiros amigos são revelados nos momentos de dificuldades, de sofrimentos, de angústias. Os falsos e traidores só costumam estar por perto nos momentos de bonança. Que o diga o ex-presidente Lula, vítima de uma condução coercitiva, extemporânea e midiática, com objetivo de destruir sua reputação moral, de colocá-lo na galeria dos maiores bandidos da política do país. Momento angustiante em que é importante o apoio de amigos e de aliados que tanto tiraram proveito dos anos em que Lula passou no poder. Poucos se manifestam publicamente.

Cadê Sarney? Será que disparou um telefonema para se solidarizar com o ‘companheiro’? Se não o fez, é amigo da onça. Um Judas que deve estar vibrando com o sofrimento do antigo aliado, que lhe deu tudo, que abriu os cofres para aumentar o patrimônio. Durante os dois mandatos de Lula e o primeiro de Dilma, Sarney deitou e rolou. Emplacou ministros com poderes amplos. Um deles, Lobão montou um grande esquema de corrupção nas Minas e Energia e também está sendo investigado na Lava Jato. A filha Roseana, acusada de ser beneficiada com propina, também está enrolada nas investigações. Como um dos maiores beneficiários dos governos petistas, Sarney deveria ser o primeiro a se solidarizar com o ‘companheiro’.

Será que Sarney se esquece da ajuda que Lula e Dilma deram para a eleição da filha, em 2010, com o lançamento das ‘obras’ da finada Refinaria Premium, em Bacabeira, em pleno período eleitoral? Mais um grande engodo de geração de emprego e renda, que consumiu R$ 2 bilhões somente em terraplanagem, e que também rolou propina, sendo abandonada posteriormente, depois da eclosão do escândalo de corrupção na Petrobras.

Lula e Dilma nunca terão a gratidão de Sarney. O oligarca está ferido porque já não tem mais o poder de barganha de outros tempos. Por outro lado, dever manter distância de Dilma por causa da proximidade que a petista tem com o governador Flávio Dino, um aliado de primeira hora que tem comandado movimentos contra o golpe. Esse distanciamento já vem desde a eleição de 2014, quando os petistas deixaram clara a preferência pela candidatura de Dino.

No fundo, Sarney deve estar aliado à banda do PMDB que trabalha para desestabilizar o governo, incentivando o movimento golpista que quer defenestrar Dilma Roussef do Palácio do Planalto. Em um eventual governo golpista, poderia voltar a ter força política, principalmente para tentar retomar o poder no Maranhão, em 2018. Ele sabe que um golpe atingiria, em cheio, o governador Flávio Dino.

Jamais espere gratidão de traidor. Não é isso, 'companheiro'?

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