Dizem que os verdadeiros amigos são
revelados nos momentos de dificuldades, de sofrimentos, de angústias. Os falsos
e traidores só costumam estar por perto nos momentos de bonança. Que o diga o
ex-presidente Lula, vítima de uma condução coercitiva, extemporânea e midiática,
com objetivo de destruir sua reputação moral, de colocá-lo na galeria dos
maiores bandidos da política do país. Momento angustiante em que é importante o
apoio de amigos e de aliados que tanto tiraram proveito dos anos em que Lula
passou no poder. Poucos se manifestam publicamente.
Cadê Sarney? Será que
disparou um telefonema para se solidarizar com o ‘companheiro’? Se não o fez, é
amigo da onça. Um Judas que deve estar vibrando com o sofrimento do antigo
aliado, que lhe deu tudo, que abriu os cofres para aumentar o patrimônio. Durante
os dois mandatos de Lula e o primeiro de Dilma, Sarney deitou e rolou. Emplacou
ministros com poderes amplos. Um deles, Lobão montou um grande esquema de
corrupção nas Minas e Energia e também está sendo investigado na Lava Jato. A
filha Roseana, acusada de ser beneficiada com propina, também está enrolada nas
investigações. Como um dos maiores beneficiários dos governos petistas, Sarney
deveria ser o primeiro a se solidarizar com o ‘companheiro’.
Será que Sarney se esquece da ajuda que
Lula e Dilma deram para a eleição da filha, em 2010, com o lançamento das ‘obras’
da finada Refinaria Premium, em Bacabeira, em pleno período eleitoral? Mais um
grande engodo de geração de emprego e renda, que consumiu R$ 2 bilhões somente
em terraplanagem, e que também rolou propina, sendo abandonada posteriormente,
depois da eclosão do escândalo de corrupção na Petrobras.
Lula e Dilma nunca terão a gratidão de
Sarney. O oligarca está ferido porque já não tem mais o poder de barganha de
outros tempos. Por outro lado, dever manter distância de Dilma por causa da proximidade
que a petista tem com o governador Flávio Dino, um aliado de primeira hora que
tem comandado movimentos contra o golpe. Esse distanciamento já vem desde a
eleição de 2014, quando os petistas deixaram clara a preferência pela
candidatura de Dino.
No fundo, Sarney deve estar aliado à
banda do PMDB que trabalha para desestabilizar o governo, incentivando o
movimento golpista que quer defenestrar Dilma Roussef do Palácio do Planalto.
Em um eventual governo golpista, poderia voltar a ter força política,
principalmente para tentar retomar o poder no Maranhão, em 2018. Ele sabe que
um golpe atingiria, em cheio, o governador Flávio Dino.
Jamais espere
gratidão de traidor. Não é isso, 'companheiro'?
Por acaso Sarney, quando foi amigo de alguém ?
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